Nada substitui o diálogo
Dia destes, vi o resultado de um estudo conjunto das universidades de Waterloo, no Canadá e Cornell, em Nova York, publicado na Revista Época Negócios, afirmando que, “falar pessoalmente é 34 vezes mais eficiente do que mandar um e-mail”. Me fez lembrar as orientações de um ex-chefe, que há muitos anos já reforçava a importância que o diálogo tem no processo de comunicação entre líderes e equipes.
De forma muito simples, ao bom estilo sueco, ele aconselhava: escolha pelo diálogo sempre que o tema da mensagem for controverso ou complexo, possa ser mal entendido, exista possibilidade de provocar ruídos e rumores, exija uma resposta, reação ou ação e aborde valores e princípios. Escolha os canais formais da empresa, ponderava, quando se tratar de mensagem coletiva com urgência na distribuição. Ou temas fáceis de entendimento, auto- explicativos, sem risco de controvérsia, necessidade de defesa ou argumentação.
Mal ele poderia imaginar o que estava por vir. A comunicação remota, mesmo com todos os seus infinitos ganhos e benefícios, tem substituído totalmente o bom“olhos nos olhos / Quero ver o que você diz”, como cantava Chico Buarque nos anos 70.
Mesmo que, uma competência fundamental para os gestores, a comunicação tem sido negligenciada, seduzidos pela facilidade e agilidade dos e-mails e toda sorte da comunicação remota.
A julgar pelo resultado do estudo, o visionário sueco tinha razão: nada substitui a comunicação face a face para estimular o desenvolvimento das equipes, motivar, alinhar objetivos e estratégias e promove melhoria de desempenho. Sem falar na força da linguagem corporal. Gestos, postura e expressões que asseguram o entendimento e fortalecem a confiança.
Aliás, a comunicação está entre as habilidades mais importantes e necessárias para o bom relacionamento – seja ele pessoal ou profissional.